A Comissão Coordenadora Distrital de Santarém do Bloco de Esquerda (CCD) expressou sua grande preocupação com o estado extremamente deteriorado do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em todo o distrito.

Em um comunicado, a CCD enfatizou a escassez significativa de médicos nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) e nos Hospitais. Apesar dos esforços e dedicação dos médicos disponíveis, os serviços de saúde estão em uma condição inaceitável e incompatível com o “direito à proteção da saúde”, garantido pela Constituição.

A CCD revelou que no distrito de Santarém, aproximadamente cem mil utentes não têm médico de família. No entanto, o recente concurso para a colocação de médicos nos CSP distritais resultou apenas na contratação de três novos clínicos, o que foi ironicamente considerado um “êxito” pelo Ministro da Saúde. Enquanto isso, os doentes continuam enfrentando longas filas e recorrendo a centros de saúde sobrelotados e exaustos.

O comunicado destacou que muitas pessoas só veem a medicina privada como uma opção, embora isso represente uma sobrecarga financeira para uma população já enfrentando crescentes dificuldades econômicas.

A CCD atribuiu a “profunda crise do SNS” à falta de recursos humanos, especialmente médicos, que é resultado da falta de valorização adequada dos salários, da falta de promoção de carreiras médicas e da ausência de pagamento justo pela exclusividade desses profissionais por parte do governo. Em contraste, o governo gastou centenas de milhões de euros em serviços externos, tarefeiros e convenções com o setor privado.

O Bloco de Esquerda enfatizou que somente em 2021 foram gastos 530 milhões de euros, valor que seria suficiente para contratar 15.000 novos profissionais de saúde. Portanto, a CCD de Santarém do Bloco de Esquerda decidiu expressar publicamente sua profunda apreensão com a constante degradação do SNS no distrito, especialmente evidenciada pelo fracasso do recente concurso para a colocação de médicos de família.

Consequentemente, o Bloco de Esquerda reivindica com urgência a colocação de médicos nos CSP e nos Hospitais Distritais, garantindo-lhes remunerações e condições de trabalho dignas.

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