
Joana Bordalo e Sá, após análise do «Orçamento do Estado ocorrida na manhã de ontem, evidencia, através dos dados, que as repetidas crises são consequência das decisões políticas da Ministra da Saúde, Ana Paula Martins.»
As condições atuais inviabilizam sua continuidade no cargo, e a necessidade de sua substituição é amplamente aceita pela sociedade portuguesa. Além do caos no Instituto Nacional de Emergência Médica provocado pelo Ministério da Saúde sob a liderança de Ana Paula Martins, o SNS tem enfrentado renúncias em massa nos Conselhos de Administração das Unidades Locais de Saúde (ULS), seguidas por nomeações inexplicáveis. «Testemunhamos demissões nos CA das ULS de Viseu Dão-Lafões, Almada-Seixal e, mais recentemente, no Algarve, com substituições que parecem uma dança de cadeiras, desestabilizando as equipes e prejudicando o trabalho dos médicos, levantando questões sobre o motivo dessas mudanças. Frente às políticas refletidas na discussão do orçamento, a ministra, cuja competência é agora questionada por todos, precisa interromper a abordagem punitiva no SNS. Defendemos uma gestão da Saúde que seja democrática, transparente e responsável, onde os cargos de direção técnico-científica sejam preenchidos por eleição entre pares, ao invés de nomeações políticas.»
A FNAM exigiu, há três meses, a substituição da liderança do Ministério da Saúde por alguém capaz de revitalizar o SNS, algo que agora é ecoado por toda a sociedade, após a generalização dos conflitos, a falta de soluções estruturais para a recuperação do SNS e, mais recentemente, a gestão desastrosa do INEM, que resultou na perda de 11 vidas. A responsabilidade em cargos públicos deve ser diretamente ligada aos resultados, e é necessário que os responsáveis assumam as consequências, ao invés de se esconderem atrás de propaganda. Não há estratégia de comunicação que disfarce o que já é percebido por todos. Este comunicado, além de transmitir uma mensagem clara sobre a necessidade de mudanças no Ministério da Saúde, reflete a preocupação e o desejo de uma gestão mais eficaz e transparente, que realmente atenda às necessidades do Serviço Nacional de Saúde e da população, afirma aquela Federação em comunicado enviado à nossa redação.