“Consciente da forma como foi utilizada a expressão “neonazis do Chega” estou a ponderar apresentar recurso desta Sentença junto do Tribunal da Relação”.
“Quando utilizei a expressão “neonazis do Chega” abordava o que é público e reconhecido publicamente por Ventura e que este identificou várias intervenções, também elas publicas, que era necessário limpar o Partido CHEGA de pessoas dessa ideologia. Na minha declaração em reunião não classifiquei o CHEGA como um Partido Nazi.”
É com esta afirmação que Pedro Magalhães Ribeiro responde por agora à sentença do passado dia 11 de Março do Tribunal do Cartaxo, ao jornal Correio do Cartaxo.
Recorde-se que o autarca responde em tribunal por, numa das sessões de câmara, enquanto presidente, ter em tom jocoso afirmado que os elementos do partido de André Ventura, seriam “os neonazis do Chega”.
O ex-presidente recorda-se desta afirmação e não a enquadrará numa intenção ofensiva deliberada, pelo que se reserva para já, de perspetivar uma ação de recurso.
E sentença da passada terça feira, segundo a juíza do processo, o arguido proferiu a expressão “sem qualquer propósito ou justificação”, uma vez que não estava nenhum membro do Chega presente na reunião, e nem sequer estava a ser discutido um assunto que envolvesse esse partido.”
Segundo a sentença, seria “exigido mais respeito” por um partido reconhecido “como democrático”, disse a juíza.
Ainda sobre a sentença em tribunal, caiu por terra a justificação apresentada pelo ex-autarca, para quem a expressão que proferiu foi “descontextualizada” para “provocar um caso político”.
Entretanto à porta do tribunal, o Chega distribuia um comunicado onde considera que Pedro Ribeiro “de forma deliberada e gratuita, lançou um estigma, um anátema sobre os militantes do partido Chega, quando chamou a estes de neonazis”.