Carlos Brazão, líder do consórcio do projeto do aeroporto de Santarém-Magellan 500, está a apelar para as equipas técnicas governamentais e parlamentares, realizarem uma análise de custos minuciosa de cada proposta de nova infraestrutura aeroportuária na zona de Lisboa.

Estima que o projeto de Alcochete viria com um preço elevado de 12 a 13 mil milhões de euros, incluindo custos de acessibilidade, o que esgotaria o orçamento e evitaria aumentos nos salários dos funcionários públicos ou reduções de impostos. Mesmo que Santarém não seja escolhido, Brazão está empenhado em avançar com o projeto.

Brazão defende que a opção de Santarém é mais rentável para os contribuintes, uma vez que pode utilizar infraestruturas existentes como a autoestrada A1 e a ferrovia Linha do Norte. “Já conseguimos assegurar quatro ligações rápidas de comboio ao aeroporto, à semelhança do aeroporto de Gatwick, em Londres”, observou. “Este é um projeto prático que se baseia em investimentos anteriores.”

Enfatizou ainda que Santarém é a única opção fora da área de concessão da ANA, o que significa que eventuais lucros iriam para um novo promotor e não para o Estado. Carlos Brazão não se incomoda com a possibilidade de Santarém não ser selecionado, prometendo continuar a trabalhar no projeto até que lhe seja dito para parar. “Como os aeroportos estão liberalizados na UE, não podem dizer-nos para pararmos. Vamos continuar”, afirmou.