No mês de novembro de 2023, as insolvências mantiveram uma tendência de forte crescimento em termos homólogos, como tem vindo a ser verificado ao longo de 2023. De acordo com os dados da COSEC – Companhia de Seguro de Crédito, o penúltimo mês do ano registou um aumento de 10% nas insolvências face ao mesmo mês de 2022 e, em termos acumulados de 19% face ao mesmo período do ano anterior

Em termos geográficos, esta tendência continua a ser verificada em maior escala nos grandes centros urbanos do Porto, seguido de Lisboa, sendo que foi registado maior número de insolvências em ambos os distritos face ao período homólogo. Os distritos de Braga e Madeira registaram o maior crescimento acumulado até novembro.  

A análise por dimensão revela que as micro e pequenas empresas, com um volume de negócios inferior a 500 mil euros, continuam a registar o maior número de insolvências, mantendo a tendência verificada ao longo do ano. Os setores dos serviços, da construção, do retalho e dos têxteis continuam a registar os valores mais elevados em termos de insolvências no mês de novembro, com este último setor a apresentar uma subida expressiva face ao período homólogo, com um aumento de 93 empresas nesta situação.

O ritmo de crescimento das insolvências face ao período homólogo que tem sido verificado ao longo deste ano insere-se num contexto em que a economia europeia tem sido muito influenciada pelo clima de alguma incerteza a nível económico, sobretudo devido às elevadas taxas de inflação sentidas ao longo de 2023.

“O ano de 2023 tem sido marcado por alguma incerteza a nível económico, fruto dos vários acontecimentos. Recentemente, os principais mercados externos de Portugal têm atravessado algumas dificuldades, o que se reflete na economia portuguesa e nos deverá deixar com uma postura cautelosa. Com alguns aumentos esperados no início do ano em termos de produtos energéticos e alimentares, acreditamos que possa continuar a ser verificada esta  tendência de crescimento homólogo nas insolvências durante mais algum tempo até estabilizar.”, afirma Vassili Christidis, CEO da COSEC.

As últimas previsões da Allianz Trade estimavam que na Europa Ocidental, o aumento das insolvências deveria exceder os 10% nos quatro principais mercados (Alemanha, França, Reino Unido e Itália e que Portugal em específico poderia fechar o ano com 19% de insolvências, o que se deverá confirmar com base nos dados acumulados ao mês de novembro

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